terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vermelho




Dias como esses que pareço explodir
Em montes, mares, centros velhos
Em abandonos de pernas
Ainda sinto aquele cheiro seu
E tudo vira vermelho

Invento mais dedos que me tocam a face
Recolho as palavras antes ditas
Exponho os olhos... (há olhares distantes)
Entre eu e a gaveta tem aquilo que nos guarda
Resguarda o tempo... que é vermelho

Fredericco Baggio

(a pintura acima é uma obra de Alexandre Guimarães; prisoner, after flandrin – imagem fantasma – o retrato de oscar wilde, elegia guache, lápis e colagem de papel fotográfico sobre papel canson | 29,5x18,5cm)