terça-feira, 18 de novembro de 2008

CIR-CUS!




Quero uma mentira a cada vão, bom dia

De gozo da Vida, da obra dos lençóis

Amarrotados e embevecidos de suor

Das pernas lisas e escorregadias

Fundindo-se as minhas verdades

 

Quero a ilusão falsificada de café

Com leite azedo... dos pelos tenros

Que finge gerar um conforto

De ser teu ninho... em meu peito

Eu te vomito, a tua afronta

 

Te escalpelo da carne macia

Eu te sangro por dentro e por fora

Retiro seus olhos e exponho

Numa bandeja de prata dezoito

Defronte para ti e de toda sua dor barata

 

Grito como fosse dono do circo

A lona cai em chamas, pelos céus

Não nota, suas pernas cruzadas nas minhas costas

Me pressiona e berra sozinho

_Vejas o que sou por dentro



Fredericco Baggio 

3 comentários:

thais disse...

Oie! Só passando pra registrar minha visita. Venho sempre, só não comento...
Muito bons seus textos!
Bejoca

Anônimo disse...

isso ser um belo exemplo de como a linguagem polida consegue atenuar o sofrimento do poema, mostra uma qualidade do autor - não como autor, mas como ser humano - como ele lida com seus problemas.
A Hilda é mestre nisso.
Bjones!
(quando eu vi o título desse seu poema no meu blog jurava que era uma resenha sobre o novo album da Britney!)

Eu, o Rafa disse...

CIRCUS!! hehe...me fez pensar na Brit.!

Me traz um misto de sad e sexy.

Bom como sempre.