Quero uma mentira a cada vão, bom dia
De gozo da Vida, da obra dos lençóis
Amarrotados e embevecidos de suor
Das pernas lisas e escorregadias
Fundindo-se as minhas verdades
Quero a ilusão falsificada de café
Com leite azedo... dos pelos tenros
Que finge gerar um conforto
De ser teu ninho... em meu peito
Eu te vomito, a tua afronta
Te escalpelo da carne macia
Eu te sangro por dentro e por fora
Retiro seus olhos e exponho
Numa bandeja de prata dezoito
Defronte para ti e de toda sua dor barata
Grito como fosse dono do circo
A lona cai em chamas, pelos céus
Não nota, suas pernas cruzadas nas minhas costas
Me pressiona e berra sozinho
_Vejas o que sou por dentro
Fredericco Baggio
3 comentários:
Oie! Só passando pra registrar minha visita. Venho sempre, só não comento...
Muito bons seus textos!
Bejoca
isso ser um belo exemplo de como a linguagem polida consegue atenuar o sofrimento do poema, mostra uma qualidade do autor - não como autor, mas como ser humano - como ele lida com seus problemas.
A Hilda é mestre nisso.
Bjones!
(quando eu vi o título desse seu poema no meu blog jurava que era uma resenha sobre o novo album da Britney!)
CIRCUS!! hehe...me fez pensar na Brit.!
Me traz um misto de sad e sexy.
Bom como sempre.
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