sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Para suas medidas...




Ainda me lembro da sua cara bonita

Acredita? Tem crença? Reza?

Mas ainda não me esqueci

Das juras eternas de amor (em minúsculo)

Que nunca se consumaram

Das inúmeras horas desbeijadas

Dos terríveis desabraços

Que o meu corpo sofreu do lado do teu

Dos seus suspiros desovando de dentro de ti

Cuspindo pra fora a paixão que você tinha por mim.

 


Você foi a maior loucura da minha vida

Você acredita? Tem crença? Reza?

Começa a rezar, a sorrir, a desesperar

Pois enquanto ta se esvaindo

Tem gente chegando sem parar

Batendo na porta para entrar

Tenho olhos só pelo o que doeu

Tenho medo do que deixou de doer

Do “mundinho” que me deu, para viver

Indo embora, sem nenhum desfeche

Com uns cem fins de histórias


 

Você foi a pilastra de sustentação das minhas loucuras

Alguém acredita? Tem crença? Reza?

E eu pensei que todas as velas eram para iluminar

nossos caminhos... que agora andam no escuro.

A vela Sete Dias também já terminou

E no final do túnel, não há nenhuma luz

O desprezo é o pior presente da humanidade.


 

Você foi o que eu chamei de “Presente de Deus” da minha vida.

Acredita? Tem crença? Você reza?

Deus não deve existir, não da maneira que quis

E eu devo estar diluído na tua memória

Também tenho medo do desconhecido

Mas chego a pensar que eu to pronto pro novo

Nada de novo e você não entende nada do que eu digo

Você não sente nada, como eu sinto

Você dorme, enquanto eu respiro


 

Você ainda tem os olhos verdes, meio que pus de ferida

Acredita? Você tem crença? Reza?

Eu desacreditei nas perdições do nosso tempo

Ta chovendo aqui dentro ainda

Mas como todo mal tempo

Acaba, desaba e desemboca em algum lugar

E você ainda leva um tiquinho da minh’alma

Quanta liberdade te dei e já disse;

_ Se pelo menos seus centímetros fossem compatíveis

Com seu caráter, com suas juras, com que me disse.


 

Você continua calando tua alma, como fosse despedida

Acredita? Tem crença? Reza?

Não posso ficar calado

Rodando horas de meus relógios ao contrario

Tentando corrigir o que você sustentou

Durante todo tempo, que falava que era nosso

Agora é a minha despedida, este show acabou

Mais uma vez, os aplausos silenciando aos pouquinhos

Os cochichos da nossa platéia acabando, as cortinas fechadas

_ EU ESTOU PRONTO!

Adeus...

 


Fredericco Baggio


9 comentários:

Anônimo disse...

As vezes precisamos dar adeus a coisas que não nos servem mais para que encherguemos a luz e a esperança volte a aflorar dentro da gente... Cuida desse coração e viva o Novo!!

Duda

Unknown disse...

é de sua autoria fre? rs edsculpa minha ignorância! mas achei mto foda hein!

bjos gato!

Mah Moranguinha disse...

Desculpe a invasão... mas não pude permanecer em silencio vendo a sua sensibilidade... parabéns! Vai pro meu hall da fama... hehehe

Unknown disse...

Lindo, lindo, lindo Fre! Parabéns! Já esta na minha barra de prediletos ;)

Vâmvú disse...

Intenso... demais... como tudo que escreve. Sempre...
Emocionalmente visceral...
Lindo demais...
Muito, muito bom!

Anônimo disse...

forte, continua vibrando, porque o final emenda com o começo, adoro poema assim. dá para ficar o resto da vida declamando!
bjonzon!!

Clark disse...

eu já conhecia.

essa é das antigas. rs.

biutiful.

Unknown disse...

TAVA COM SAUDADE DESTE!!!!

AMO-TE

Anônimo disse...

Quem sabe, em algum dia de minha existencia, eu consiga acreditar que o "adeus" é mais facil do que tem se mostrado na minha vida... Amo suas palavras como amo voce!!! Saudades