Final de ano
até as poesias
se entrelaçam
com o cansaço
de tudo terminar
com as palavras
que adormecem
numa esperança tola
que vir revestida
de branco e azul.
Fredericco Baggio
Quando penso em você
Vou além das pernas lisas
E quase que do tamanho
das minhas coxas
Misturo as línguas
as cores das bandeiras
Ergo minhas bandeiras
Lambo os travesseiros
As colchas e lençóis
Acomodo na tua voz
E nas palavras
Que não entendo
Eu me tremo
Perco por uma passagem
Pela crise que te ataca
Bolsas furadas
Uma historia roubada
Cataratas retiradas
acho perdido
Liso e listo
Os meus travesseiros
cheios, de sonhos
Fredericco Baggio
Eu te escrevi tantas cartas
Por Amor próprio
Nem que vivesse mais cem anos
Conseguiria entender
Não consigo lembrar da sua cara
Muito menos da sua voz
Te dei uma medalha
De ouro para sua chegada
E encerrei com uma medalha de bronze
Para lembrar a tua morte interna
Internamente foram os lugares
Que nunca passeou em mim
Só consigo lembrar
Que torcemos pro mesmo
Time de futebol
Que nós dois odiávamos
Futebol
Na mesma torcida
Separados
Por um jogo
De esquecimento
Fredericco Baggio